Blog do projeto Formação continuada de professores de língua inglesa em Sergipe a partir das teorias dos Novos Letramentos (DLES/UFS - processo CNPq 401394/2010-7).
Continuando a discussão iniciada na última reunião (19/02) e antecipando a discussão sobre as OCEM, coloco esta questão: o que vocês acham que pesa mais na educação básica, ensinar conteúdo ou preparar para a cidadania?
Penso que preparar para a cidadania implica em fornecer conhecimento. Não adianta ensinar o "ser cidadão" sem oportunizar ao aluno condições para que ela exerça efetivamente a sua cidadania.
Aproveitando o post de Cristiane, vai uma provocação: se, como ela disse, é preciso aliar preparação para a cidadania com o ensino do conteúdo, para que o primeiro de fato ocorra, questiono: no caso específico do ensino de inglês, como vocês visualizam essa conexão (se vocês considerarem possível, é claro!)?
Creio que o aluno sentindo-se parte ativa da sociedade poderia encarar a aquisição de conteúdos não mais como um fardo, mas sim, como parte do caminho para exercer sua cidadania.Uma educação cidadã poderia não tardar a acontecer e ser iniciada juntamente ao ensino da língua (no nosso caso). Talvez, assim, os assuntos abordados em sala de aula tornem-se relevantes e interessantes para os alunos.
Acho que deveríamos sim, preparar os nossos alunos para o exercício da cidadania, e acredito que o fazemos em algumas ocasiões, no decorrer do dia-a-dia na sala de aula, porém quando se trata do ensino de língua inglesa, principalmente no tocante à escola pública, aliar o conteúdo proposto e, muitas vezes, imposto pela matriz curricular com a tarefa de educar o indivíduo para a vida, é uma missão bastante árdua para nós professores.
Embora saibamos que se faz necessário ensinarmos conteúdo contextualizado, porque assim, estaríamos preparando os alunos para a cidadania, frequentemente nos flagramos ensinando conteúdo.
Penso que a contextualização se faz necessário e qualquer área do conhecimento. Mas infelizmente existem casos em que o professor se perde na contextualização e acaba deixando os conteúdos em segundo plano, de modo que os alunos estão ingressando no ensino médio sem noções básicas de escrita, leitura, interpretação e cálculo. Entendo que isso é uma questão séria e que carece de análise,pois sabemos que na vida acadêmica e profissional desse aluno, o conhecimento será exigido. O que ocorre, é que essa questão envolve vários outros fatores além dos que estão relacionados ao processo de ensino aprendizagem; esse problema envolve formação do professor, condições materiais da escola, valorização profissional, etc. E como essas questões envolvem vários interesses políticos, atribui-se à descontextualização a causa da má formação dos alunos.
Well...sem pensar muito, arrisco dizer que ao pensarmos em 'ensino', vem logo à cabeça a questão da 'forma', do 'como fazer' e dos 'conteúdos': ensino de inglês, de português, de matemática etc. Já quando pensamos em "Educação", pensamos na 'big picture', no conjunto do que o ensino foi capaz de produzir ou seria de reproduzir?
Existe uma cultura escolar de ensinar conteúdos, porém tenho a opinião de que o conteúdo deve ser aliado a preparaçaão para a cidadania.
ReplyDeletePenso que preparar para a cidadania implica em fornecer conhecimento. Não adianta ensinar o "ser cidadão" sem oportunizar ao aluno condições para que ela exerça efetivamente a sua cidadania.
ReplyDeleteAproveitando o post de Cristiane, vai uma provocação: se, como ela disse, é preciso aliar preparação para a cidadania com o ensino do conteúdo, para que o primeiro de fato ocorra, questiono: no caso específico do ensino de inglês, como vocês visualizam essa conexão (se vocês considerarem possível, é claro!)?
ReplyDeleteCreio que o aluno sentindo-se parte ativa da sociedade poderia encarar a aquisição de conteúdos não mais como um fardo, mas sim, como parte do caminho para exercer sua cidadania.Uma educação cidadã poderia não tardar a acontecer e ser iniciada juntamente ao ensino da língua (no nosso caso). Talvez, assim, os assuntos abordados em sala de aula tornem-se relevantes e interessantes para os alunos.
ReplyDeleteAcho que deveríamos sim, preparar os nossos alunos para o exercício da cidadania, e acredito que o fazemos em algumas ocasiões, no decorrer do dia-a-dia na sala de aula, porém quando se trata do ensino de língua inglesa, principalmente no tocante à escola pública, aliar o conteúdo proposto e, muitas vezes, imposto pela matriz curricular com a tarefa de educar o indivíduo para a vida, é uma missão bastante árdua para nós professores.
ReplyDeleteAcho que não devemos deixar de ensinar conteúdo, mas ele precisa ser contextualizado. Se não fizer sentido para o aluno, haverá resistência.
ReplyDeleteEmbora saibamos que se faz necessário ensinarmos conteúdo contextualizado, porque assim, estaríamos preparando os alunos para a cidadania, frequentemente nos flagramos ensinando conteúdo.
ReplyDeletePenso que a contextualização se faz necessário e qualquer área do conhecimento. Mas infelizmente existem casos em que o professor se perde na contextualização e acaba deixando os conteúdos em segundo plano, de modo que os alunos estão ingressando no ensino médio sem noções básicas de escrita, leitura, interpretação e cálculo. Entendo que isso é uma questão séria e que carece de análise,pois sabemos que na vida acadêmica e profissional desse aluno, o conhecimento será exigido.
ReplyDeleteO que ocorre, é que essa questão envolve vários outros fatores além dos que estão relacionados ao processo de ensino aprendizagem; esse problema envolve formação do professor, condições materiais da escola, valorização profissional, etc. E como essas questões envolvem vários interesses políticos, atribui-se à descontextualização a causa da má formação dos alunos.
Concordo que ambos são importantes. Por isso, espero que ao longo das nossas leituras e discussões consigamos achar formas de efetivá-los.
ReplyDeletePois bem, acho que chegamos noutra encruzilhada. O que difere ensino de educação?
ReplyDeleteWell...sem pensar muito, arrisco dizer que ao pensarmos em 'ensino', vem logo à cabeça a questão da 'forma', do 'como fazer' e dos 'conteúdos': ensino de inglês, de português, de matemática etc. Já quando pensamos em "Educação", pensamos na 'big picture', no conjunto do que o ensino foi capaz de produzir ou seria de reproduzir?
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